Em meio a pandemia, primeiro dia de Enem tem pouco movimento nas escolas de Manaus: ‘Tem um resquício daquele medo de se infectar’

A movimentação foi tranquila nas escolas de Manaus para o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nesta terça-feira (23). As provas foram adiadas no Amazonas por conta do colapso sanitário enfrentado em janeiro, relacionado à segunda onda da Covid-19.

No estado, são esperados 163.444 candidatos. Além do Amazonas, estudantes de Rondônia e de outros estados do país também realizam a prova. Em todo o país, são esperados 194 mil candidatos em 851 cidades.

Os estudantes Maria Aslene Pinheiro de Oliveira, de 18 anos, e Kelsom Alexsander, de 19, estavam entre os primeiros a chegar na Faculdade Nilton Lins. Ela quer tentar uma vaga no curso de administração e ele, no de psicologia. Os dois se formaram em 2020 e deram continuidade aos estudos mesmo enfrentando as dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19:.

“Foi um pouco desafiador conciliar os estudos com o trabalho e tudo o que a gente tá vivendo com a pandemia, né?”, disse Kelsom.

Os dois estavam de máscara e portavam álcool em gel. Mas disseram estar preocupados com a aplicação dos protocolos sanitários no momento da prova.

“Da nossa parte está tudo certo, mas a gente não sabe como funciona para as outras pessoas essa questão da proteção. A gente está ciente dos riscos, mas estamos aqui para fazer a prova”, disse a jovem.

A estudante Eduarda Rodrigues, de 17 anos, disse que, com o isolamento social, precisou rever sua forma de estudar e se preparar para o exame. Ela busca conseguir uma vaga para o curso de designer na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

“Com a pandemia, tivemos o isolamento social e eu parei de fazer o cursinho. Tive que fazer pelo formato virtual, e a minha escola já era integral, então ficou um pouquinho complicado. E eu também precisei mudar a minha forma de estudo, já que eu também tinha mais tempo livre”.

“Apesar das medidas adotadas, ainda tem um resquício daquele medo de se infectar e passar para os nossos familiares também, né?”, complementou a estudante.

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