Visitas técnicas às obras do ‘Nosso Centro’ alinham projeto detalhado a futuros usos de prédios

Enquanto o mirante Lúcia Almeida e o largo de São Vicente vão ganhando contornos mais intensos de obra em andamento pela Prefeitura de Manaus, mudando o entorno do início da avenida 7 de Setembro, no Centro, zona Sul, o casarão Thiago de Mello recebe serviços de recomposição e reforma com a intervenção de restauro.

As obras são as primeiras do programa “Nosso Centro”, lançado pelo prefeito David Almeida para reabilitar a área tão importante e de tanto significado de patrimônio, cultura e história da capital amazonense.

E as obras acontecem simultaneamente e têm acompanhamento direto do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), autor do projeto, que faz periodicamente visitas técnicas com seu corpo de arquitetos e engenheiros indo a campo.

“No mirante, com a parte de demolição praticamente finalizada, acompanhamos o reforço estrutural que está acontecendo nos pilares e nas vigas. Como será um edifício de grande fluxo e permanência de pessoas, precisa desse reforço, já que estamos falando de um prédio da década de 1970”, explicou o diretor de Planejamento Urbano (DPLA), arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.

Junto ao imóvel, os trabalhadores dão início à futura contenção que vai formar a praça descoberta que circunda o mirante. Com o prédio fica às margens do rio Negro, e antigamente chegava a ter áreas inundadas pelas águas, a contenção vai se estender até o período de vazante.

Atravessando a rua, o casarão amarelo recebe limpeza e reparos na parte externa, incluindo recomposição de elementos da fachada da edificação. “Também estão sendo confeccionadas peças estruturais de madeira e novas calhas para recomposição dos itens que se perderam durante os anos de abandono do casario, assim como de telhas quebradas”, disse Cordeiro.

Arquitetos e engenheiros fazem vistoria e visita in loco para ter exata dimensão, não só da obra, conforme projeto aprovado e detalhado, mas ainda para fazer ajustes necessários, mesmo que pequenos, em razão da mudança de uso das edificações. “Os prédios terão outra função do que a do passado, então é natural que ocorram pequenos ajustes, que são discutidos, analisados e acompanhados pela equipe do DPLA”, completou o diretor.

Complexo

Ambas as intervenções estão com tapumes e sinalizadas para segurança de colaboradores, moradores do entorno e transeuntes. O mirante e o casarão se somam ao largo de São Vicente, que vai conectar as obras, que são as primeiras do programa “Nosso Centro”.

“O ‘Nosso Centro’ tem, entre suas diretrizes, proporcionar a reocupação da área central de Manaus, um bairro dotado de uma das melhores infraestruturas urbanas da capital. Em todas as intervenções realizadas em centros históricos, no Brasil e em outros países, se verifica que, inicialmente, há um investimento do poder público, fazendo o resgate das áreas e, posteriormente, a iniciativa privada dá continuidade e tem sua parcela de colaboração”, comentou o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.

Tendo de fundo a beleza do rio Negro e a vista para a ponte jornalista Phellipe Daou, a obra segue em ritmo acelerado e tem prazo de 300 dias corridos. Há uma previsão para que a empreitada possa ser concluída e entregue até o Natal deste ano, sendo um verdadeiro presente para a população. A obra foi licitada com o valor global de R$ 45,8 milhões.

Complexo Centro

Junto ao mirante vai se criar o largo de São Vicente, ampliando a área para pedestres, caminhabilidade e contemplação do patrimônio e da natureza no entorno, além da reforma e restauro do casarão Thiago de Mello, tudo em associação com a paisagem do rio Negro.

O complexo, que vai modificar o território é composto do mirante, tem uma área total de 4,9 mil metros quadrados; do entorno do edifício, o largo, com 3,5 mil metros quadrados; e do casarão Thiago de Mello, com área total de 352,96 metros quadrados.

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