‘Por amor a gente morre ou machuca’, mostra mensagem antes de crime

O assassinato de um jovem de 27 anos, em Pouso Alegre, no Sul de Minas, durante a madrugada de terça-feira (29/03), praticamente já vinha sendo pensado pelo ex-companheiro dele. Isso porque em mensagens trocadas no aplicativo WhatsApp, dias antes do crime, é possível ver as ameaças que Carlos Alexandre da Silva, de 39 anos, fez ao seu ex, Lucas Santana. Algumas delas, inclusive, bem ‘pesadas’.

“Agora é tarde, se você estiver mentindo que foi trabalhar hoje vai ficar pior. Não vou abrir mão do nosso amor, enquanto eu viver. Mas eu sou sim capaz de pôr um fim nisso, por amor a gente morre ou até machuca outros”, disse o suspeito em mensagens enviadas à Lucas.

Lucas tentou rebater por algumas vezes, dizendo inclusive que não era fantoche de ninguém. “Você está ameaçando de me matar faz tempo e tem esperança que eu volte pra você? Acorda pra vida Carlos, não sou fantoche de ninguém”, escreveu o jovem que acabou assassinado no Bairro Cidade Jardim, em frente à sua casa.

“Ou você arruma isso, ou muita gente vai chorar depois, não é ameaças. Sua cabeça está com sombras, é isso, mas eu vou tirar de um jeito e de outro, nem que seja preciso estourar ela. Não é ameaças, é a realidade… Minha cabeça está pedindo só vingança (sic)”, disse ainda o autor do crime, em outras mensagens.

Mãe clama por justiça

A mãe de Lucas, Marli Santana da Costa, clama por justiça, depois de também receber ameaças e tentar defender o filho das facadas do suspeito, correndo riscos. Ela concedeu entrevista ao Terra do Mandu, na tarde da terça-feira (29/03).

“Eu quero justiça, não quero que fique por isso não. E também não é problema psicológico como o hospital falou não, é ruindade dele mesmo. Faz um mês que o Lucas separou dele e ele não aceitou, ficou indo lá ameaçar, mandava ameaça no meu celular, no celular do Lucas. Sábado ele esteve lá e ameaçou de matar nós todos. Se entrasse na frente, ele disse que eu ia ver o Lucas esticado, morto”, contou a mãe.

Segundo a mãe, Lucas foi surpreendido pelo ex-companheiro Carlos Alexandre da Silva, de 39 anos, que estava escondido aguardando a chegada do rapaz em casa, que estava saindo do trabalho. Quando os policiais chegaram, a vítima tinha várias perfurações causadas por faca e foi socorrido pelo Samu. Mas, não aguentou e morreu no hospital. O ex, acusado do crime, também tentou tirar a própria vida e foi levado ao hospital, depois à delegacia.


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