AM coleta sangue em granjas de 25 cidades após casos de gripe aviária em países vizinhos

Em novembro do ano passado, foram detectados casos de Influenza Aviária (IA) na Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Chile, elevando o nível de atenção para a doença no Amazonas.

O Amazonas está coletando sangue em granjas de 25 cidades do estado. O trabalho ocorre após o registro de casos de gripe aviária em países vizinhos. Na região, a atenção também se volta às aves silvestres, que podem transmitir o vírus por meio de penas, fezes e contato direto.

Segundo o estado, neste mês de janeiro, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) está realizando a coleta de sangue e swab de cloaca e traqueia em 102 granjas, distribuídas por 25 municípios do estado.

Em novembro do ano passado, foram detectados casos de Influenza Aviária (IA) na Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Chile, elevando o nível de atenção para a doença no Amazonas.

Conforme o governo estadual, assim que a doença foi confirmada, uma equipe de fiscais agropecuários, composta por médicos veterinários da Adaf, foi deslocada para atuar com vigilância ativa em Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga, que integram a área de fronteira do Brasil com os países vizinhos.

Os 25 municípios do Amazonas foram selecionados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o Governo do Amazonas, a ação cumpre o Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle.

A coleta dos materiais tem como objetivos a detecção precoce de casos de Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) nas populações de aves domésticas e silvestres; a demonstração de ausência de IA e DNC na avicultura industrial de acordo com as diretrizes internacionais de vigilância para fins de comércio; e o monitoramento da ocorrência de cepas virais da IA para subsidiar estratégias de saúde pública e saúde animal.

De acordo com a fiscal agropecuária médica veterinária Fernanda Rech, que coordena o Plano Nacional de Sanidade Avícola na Adaf, as amostras serão enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas. “A ADAF conta com o apoio do Laboratório Central da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) para a conservação dessas amostras”, informou.

Transporte

Segundo o Governo do Amazonas, o transporte até o laboratório oficial de Campinas é feito por uma empresa especializada, para garantir que as amostras cheguem ao destino na temperatura ideal.

“Esse inquérito é muito importante, principalmente, porque o Brasil é um dos principais produtores e exportadores de carne de frango do mundo, e a condição sanitária da nossa avicultura é bastante favorável por ser livre da IA e da DNC, doenças de grande importância econômica e amplamente distribuídas no mundo”, destacou Fernanda.

Fernanda Rech explicou que o inquérito epidemiológico já estava previsto para ser realizado neste mês de janeiro – e possivelmente será feito todos os anos na avicultura industrial -, mas a ação coincidiu com o momento de alerta na América do Sul. A última notificação de Doença de Newcastle no Brasil foi em 2006 e a Influenza Aviária nunca foi notificada no país.

Ainda em fevereiro, as equipes passarão a realizar as coletas em propriedades onde há avicultura de subsistência. “Nessas visitas, já aproveitamos para realizar um trabalho de educação sanitária, orientando os criadores sobre a importância das telas, para evitar o contato de seus animais com aves silvestres, que podem ser reservatórios de vírus, pelo contato com as aves migratórias, e pedindo para que fiquem atentos a qualquer sinal de mortalidade”, reforçou a veterinária.

A IA e a DNC são causadas por vírus, com alto índice de contágio e impactos severos no setor da avicultura. A Adaf pede a colaboração dos produtores, profissionais da área e da população em geral para que notifiquem imediatamente à agência eventos excepcionais de mortalidade de aves silvestres ou domésticas pelo telefone (92) 99380-9174.

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