A Monilíase do Cacaueiro é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos à saúde humana.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou nesta semana que o estado do Amazonas está sob quarentena por conta da praga quarentenária Moniliophthora roreri, causadora da doença conhecida como Monilíase do Cacaueiro.
A medida foi publicada na Portaria nº 703, que informa que seis municípios do Acre também estão sob quarentena. A declaração implica na proibição do trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da praga (espécies do gênero Theobroma e Herrania) para as demais unidades do país.
A Monilíase do Cacaueiro é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos à saúde humana.
Foco no Amazonas
Um novo foco da Monilíase do Cacaueiro foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas. Dessa vez, o caso foi detectado em comunidades rurais ribeirinhas.
“Até então, a área de quarentena abrangia somente o município de Guajará, interior do Amazonas, localizado na divisa com o estado do Acre, devido à ocorrência do primeiro foco da praga confirmado no país, detectado no município de Cruzeiro do Sul, no Acre, em 2021. Agora, com o novo foco, todo o estado do Amazonas fica sob a área de quarentena”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas do Mapa, Graciane de Castro.
O status de “área sob quarentena” para todo o estado permanecerá vigente até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação da área exata da ocorrência da praga e estruturadas as medidas previstas de prevenção e erradicação da praga previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri.
Sobre a doença
A monilíase é uma doença devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
O Mapa alerta que devido ao potencial de danos é fundamental a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais