OMS aconselha redução de parceiros a gays e bissexuais como prevenção à varíola dos macacos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta quarta-feira (27), novas medidas de prevenção à varíola dos macacos.

Em entrevista à imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que mais de 18 mil casos já foram relatados à OMS de 78 países, com mais de 70% dos casos com origem na Europa e 25% das Américas.

Adhanom voltou a falar que o surto pode ser interrompido, desde que países e indivíduos se informem e considerem os riscos da transmissão.

“A melhor maneira de fazer isso é reduzir o risco de exposição. Isso significa fazer escolhas seguras para você e para os outros. Para homens que fazem sexo com homens, isso inclui, no momento, reduzir o número de parceiros sexuais, reconsiderar o sexo com novos parceiros e trocar detalhes de contato com novos parceiros para permitir o acompanhamento, se necessário”, disse o diretor-geral da OMS.

O diretor-geral da OMS também orientou que os serviços de saúde ofereçam informações sobre a doença com o objetivo de reduzir o risco de infecção, além de prestar os cuidados necessários ao tratamento dos infectados.

Novamente, Adhanom afirmou que o estigma e a discriminação podem trazer impactos negativos no combate à doença.

“Embora 98% dos casos até agora estejam entre homens que fazem sexo com homens, qualquer pessoa exposta pode pegar a varíola dos macacos, razão pela qual a OMS recomenda que os países tomem medidas para reduzir o risco de transmissão a outros grupos vulneráveis, incluindo crianças, gestantes e aqueles que são imunossuprimidos”, disse.

Além da transmissão por contato sexual, a doença também pode ser transmitida por meio de contato próximo entre pessoas na mesma casa, como abraços e beijos, e em toalhas ou roupas de cama contaminadas.

Vacinação

A OMS recomenda a vacinação direcionada para aqueles expostos a alguém com a doença e para aqueles com alto risco de exposição, incluindo profissionais de saúde, profissionais de laboratório e aqueles com múltiplos parceiros sexuais.

Neste momento, a OMS não recomenda a vacinação em massa contra a varíola dos macacos.

“Uma vacina contra a varíola, chamada MVA-BN, foi aprovada no Canadá, na União Europeia e nos EUA para uso contra a varíola. Duas outras vacinas, LC16 e ACAM2000, também estão sendo consideradas para uso contra a varíola dos macacos”, disse Adhanom.

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