Queiroga: vacinas compradas pelo Brasil ‘não têm poder de controlar’ surto de varíola do macaco

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (22) que as 50 mil doses de vacinas contra a varíola do macaco compradas pelo Brasil “não têm o poder de controlar esse surto” no país.

O quantitativo foi adquirido do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic e deve chegar ao país em setembro. Cada pessoa recebe duas doses, o que significa que 25 mil brasileiros poderão ser imunizados.

“Essas vacinas estão aí para proteger os profissionais da saúde que lidam diretamente com material contaminado”, declarou o ministro em entrevista coletiva.

Segundo Queiroga, não há necessidade de imunizar todos os profissionais de saúde porque “a grande maioria deles não lida com essa situação”.

O ministro também afastou a necessidade de imunização em massa contra a varíola do macaco neste momento, ao dizer que o cenário epidemiológico não aponta neste sentido.

Também presente na coletiva, a representante da Opas (Organização Pan-Americana) no Brasil, Socorro Grosso, acrescentou que o imunizante que está sendo usado globalmente como ferramenta para enfrentar o avanço da varíola do macaco foi desenvolvido para a varíola humana, uma doença já erradicada.

Por conta disso, não houve testes de eficácia, mas se trata de uma vacina segura.

“A importância disso neste momento é que países que estão utilizando a vacina estão desenvolvendo evidências para identificar a efetividade para esta, que é sim da família dos orthopoxvirus, mas é diferente.”

Há indícios de que a vacina da Bavarian Nordic possa oferecer um grau de proteção contra a varíola do macaco. Mas ainda não se sabe qual é a eficácia e quanto tempo dura a imunidade.

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