Indústria tem retomada moderada em março, mostra pesquisa

Faturamento cresceu, recuperando mais da metade da queda de fevereiro, aponta CNI. Horas trabalhadas também aumentaram

Os indicadores industriais de março, medidos pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), mostram que a atividade industrial de março foi positiva e compensou parte das perdas de fevereiro. O faturamento cresceu 2,2% em março e recuperou mais da metade da queda de 3,6% em fevereiro.

Segundo a entidade, as horas trabalhadas aumentaram 0,9% em março e o emprego registrou o oitavo mês de avanço consecutivo.

“Os dados de março revertem parcialmente as perdas de fevereiro e mantém a atividade industrial em patamar acima do pré-pandemia”, diz o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. “Na comparação com março de 2020, quando a indústria enfrentava a necessidade de paralisar suas operações por conta da pandemia, as altas da atividade são expressivas.”

Ainda de acordo com a confederação, a UCI (Utilização da Capacidade Instalada) mantém patamar elevado, em 81,1%. A alta, portanto, foi de 0,4 pontos percentuais em relação a fevereiro e consolida, na análise da CNI, um nível persistentemente superior ao pré-crise.

Na comparação com março de 2020, a UCI está 4,8 pontos percentuais maior.

Salários

Conforme o estudo, a massa salarial real apresentou aumento de 2,2% em março, considerando a série dessazonalizada, retornando ao patamar de janeiro.

Na comparação com o mesmo mês de 2020, houve queda de 4,6%. Parte da queda é explicada pelos desligamentos ocorridos naquele período e o consequente aumento no pagamento de verbas rescisórias, que conferiu a março de 2020 um pico descolado da tendência que se
apresentava até então, analisa a entidade.

O rendimento médio real também apresentou alta em março, de 2,1%, ante fevereiro, desconsiderados os efeitos sazonais. Na comparação com o março de 2020, houve
queda de 6,5% no indicador, explicada, em parte, pelo pico decorrente dos desligamentos realizados naquele mês.

Apesar do avanço no mês, o indicador se encontra abaixo do patamar pré-crise, aponta o estudo.

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