Homem que incendiou ex-mulher durante transmissão ao vivo é executado na China

Um homem que matou sua ex-mulher incendiando-a durante uma transmissão ao vivo foi executado na China no sábado (23), informou a mídia estatal, marcando o fim de um caso que provocou horror e indignação em todo o país.

Tang Lu foi executado por um tribunal na província de Sichuan, no sudoeste, de acordo com o Global Times, citando o Tribunal Popular Intermediário da Prefeitura Autônoma de Aba e Qiang.

Tang foi autorizado a se encontrar com sua família antes da execução, informou o Global Times. A ex-mulher de Tang, Lhamo, era agricultora na província autônoma do Tibete. A mídia estatal informou que Tang tinha um histórico de abuso físico contra Lhamo e o casal se divorciou em junho de 2020.

Ele a procurou repetidamente e pediu que ela se casasse novamente nos meses seguintes, mas foi recusado.

Então, em setembro de 2020, Lhamo estava transmitindo ao vivo um vídeo de si mesma quando Tang apareceu atrás dela, jogou gasolina nela e a incendiou. Ele morreu duas semanas depois. Tang foi preso logo após o ataque e condenado à morte em outubro de 2021.

O caso recebeu ampla cobertura na mídia nacional e internacional, provocando um debate sobre o abuso e maus-tratos de mulheres na China, e como o sistema legal do país muitas vezes falha em proteger as vítimas.

Até 2001, quando a China mudou sua lei de casamento, o abuso não era considerado motivo de divórcio.

A China promulgou sua primeira lei nacional proibindo a violência doméstica em 2015, uma legislação inovadora que definiu o crime pela primeira vez e abrange tanto o abuso psicológico quanto a violência física.

No entanto, os críticos dizem que ainda há brechas na lei: ela não cobre casais do mesmo sexo e não menciona violência sexual.

O debate sobre a violência contra as mulheres e a desigualdade de gênero na China continua desde a morte de Lhamo.

Controvérsias recentes incluem várias alegações explosivas de estupro envolvendo nomes famosos no ano passado e um ataque a várias mulheres em um restaurante no mês passado, depois que uma delas se defendeu contra assédio sexual de um homem.

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