Twitter testa exibir imagens sem recortes na linha do tempo após queixas de racismo

Em 2020, usuários apontaram que recurso de recorte em imagens teria inclinação a escolher rostos de pessoas brancas em imagens que também possuem rostos de pessoas negras.

O Twitter anunciou na última quarta-feira (10) um teste nos aplicativos para iPhone e celulares Android que muda a forma de exibição de fotos e vídeos na linha do tempo.

A partir de agora, algumas pessoas irão visualizar os conteúdos por inteiro, sem os recortes que padronizam o tamanho das imagens.

A novidade busca resolver um problema no recurso que escolhia uma porção da foto para ser mostrada para os usuários.

Em setembro passado, perfis apontaram que o recurso teria inclinação a escolher rostos de pessoas brancas em imagens que também possuem rostos de pessoas negras.

“Algumas vezes é melhor dizer com uma fotos ou vídeo. Nas próximas semanas, estaremos testando algumas formas para melhorar como você compartilha este tipo de conteúdo no Twitter,” afirmou a rede social em um tuíte.

“Estamos testando no Android e iOS: quando você publica uma única imagem, a forma como ela aparece ao compor um tuíte será como ela estará visível na linha do tempo – maior e melhor”, completou.

A companhia havia anunciado alterações na opção de recorte automático, mas ainda acontecia uma padronização na linha do tempo dos usuários.

Fotos muito grandes, tanto na horizontal quanto na vertical, serão cortadas tomando como base o centro da imagem.

Entenda o caso

Imagens muito grandes geralmente são recortadas no Twitter, e os usuários precisam tocar sobre as fotos para vê-las por completo.

Em setembro de 2020, perfis publicaram imagens com uma pessoa negra em uma ponta e uma pessoa branca na outra, invertendo a ordem em uma foto seguinte.

Antes de abrir a imagem completa, o algoritmo do Twitter mostrava a pessoa branca com mais frequência.

A rede social utiliza uma rede neural para realizar cortes automáticos nas prévias das fotos publicadas na plataforma desde 2018.

Uma rede neural é um modelo computacional que faz o reconhecimento de padrões.

No caso do Twitter, é utilizado um sistema que “prevê saliências em imagens para detectar pets, rostos, texto e outros objetos de interesse”.

Para realizar as previsões, esses sistemas são alimentados com bases de imagens para ensiná-los o que é um objeto de interesse.

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