‘Me sentindo um lixo’, diz mãe de vítima de técnico de vôlei suspeito de abusar de atletas adolescentes em Manaus

A mãe de uma das vítimas do técnico de vôlei Walhederson Brandão Barbosa, de 40 anos – suspeito de abusar de atletas adolescentes em Manaus – disse que jamais imaginava que ele faria isso e que se sente um lixo por ter confiado no profissional.

Walhederson é técnico na Seleção Amazonense de Vôlei Sub-16 e foi preso, na terça-feira (14), durante a Operação Bloqueio. De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), ele é suspeito de abusar sexualmente de jogadores do time. Todos são meninos e têm entre 15 e 17 anos de idade.

Segundo a polícia, seis adolescentes estavam morando com o técnico. A polícia também disse que, no momento da prisão, dois meninos estavam dormindo com o treinador, na cama dele.

Até agora, cinco vítimas prestaram depoimento à Polícia Civil. Elas afirmaram que, em troca de vaga no time, precisavam fazer sexo com o suspeito.

A defesa do suspeito afirmou, em nota, que não teve acesso aos autos e que só vai se pronunciar após ter ciência das acusações.

À Rede Amazônica, a mãe de uma da vítimas do técnico – que não quis se identificar – disse que se sente culpada por ter deixado o filho ficar na casa de Walhederson. Segundo a mulher, ela acreditou em uma pessoa que não conhecia.

“Eu to me sentindo um lixo, culpada. Porque eu deixei meu filho ficar lá. Eu acreditei em uma pessoa que eu não conhecia. Não conhecia. Eu confiei na palavra dele. Como que você vai imaginar que o técnico de uma seleção do estado, sabe, vai fazer uma coisa dessas?”, lamentou.
A mãe também afirmou que nunca desconfiou que o técnico pudesse cometer os abusos sexuais, já que ele tinha uma renomada carreira no voleibol amazonense. Segundo a mulher, antes dos crimes, Walhederson era respeitado.

“E, na minha cabeça, eu imaginava, até chegar aqui, que ele não se sujaria, com a carreira que ele tinha. Eu falei para o meu esposo: ‘não é possível. Como é que o Wal vai se sujar depois de tanto, de ter uma carreira tão sólida como ele tem?’ As pessoas admiram o trabalho dele até mesmo como técnico assim, mas enfim, a gente não pode confiar, né?”, disse a mulher, chorando.

Abalada, a mãe afirmou que vai precisar de tratamento psicológico para lidar com a culpa dos abusos sexuais que o filho sofreu. “Acabou tudo para mim. Eu acho que vou precisar mais de tratamento do que meu próprio filho”, finalizou.

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