Trabalho contínuo: Amazonas é 8º no ranking nacional de menor incidência de dengue

Baixa incidência é resultado de trabalho contínuo de prevenção

O Amazonas ocupa o 8º lugar no ranking de menor coeficiente de incidência de casos prováveis de dengue no Brasil. O total é de 8.880 casos prováveis e uma incidência de 225,3 casos a cada 100 mil habitantes. Os dados, atualizados nesta sexta-feira (26/04), constam no Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

No ranking, o estado fica atrás de Roraima (39,6), Ceará (109,3), Sergipe (138,2), Maranhão (138,4), Alagoas (169,7), Pará (174,3) e Piauí (224,2). Os estados com maior incidência são: Paraíba (230,8), Pernambuco (252,1), Rondônia (298,2), Tocantins (327,6), Rio Grande do Norte (402,7) e Mato Grosso do Sul (538,4).

A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destaca os esforços do Governo do Amazonas no combate à doença, com o fornecimento de suporte técnico e de equipamentos para os municípios, além do monitoramento e campanhas educativas para o estímulo à vacinação.  “Os desafios são grandes, em todo o país, mas vamos avançando no Amazonas, com políticas assertivas e o esforço conjunto entre Governo do Estado e prefeituras, no combate à dengue”, reforçou.

De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, o Estado mantém baixos índices de incidência de dengue graças ao esforço contínuo das equipes de saúde que enfrentam a doença anualmente. 

“A expertise das equipes de saúde do Amazonas, em lidar com o período sazonal da dengue, que coincide com a estação chuvosa, é um diferencial. Enfrentamos números expressivos da doença anualmente, mas sempre trabalhamos para estar sempre um passo à frente na prevenção e combate “, afirmou a diretora Tatyana. 

Uma das principais medidas preventivas contra a dengue é a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, por meio do combate à água parada em recipientes que é uma responsabilidade coletiva. “Reforçamos sempre a importância de todos evitarem os criadouros. Do último trimestre do ano passado até agora, foram duas grandes ações de mobilização social com ‘Dia D’ para prevenção da doença no estado”, acrescenta Tatyana. 

Enfrentamento

A operacionalização do enfrentamento dos casos de arboviroses é realizada pelas Secretarias Municipais de Saúde, mas a FVS-RCP, enquanto órgão do Governo do Estado, oferece suporte técnico, monitora campanhas de imunização, ações de comunicação e educação em saúde, além de fornecer suporte estratégico e profissional para fortalecer o enfrentamento dessas doenças. 

Entre as ações desenvolvidas no Amazonas está o reforço no combate a doenças como dengue, febre do Oropouche e malária. Em março deste ano, foram entregues 20 veículos e 125 pulverizadores de inseticida para 20 municípios do interior do estado, com um investimento aproximado de R$ 5 milhões. Essas entregas ampliam a capacidade de vigilância e atendimento em áreas remotas e de difícil acesso.

Na ocasião, os municípios contemplados para receber os veículos e equipamentos foram Apuí, Barcelos, Benjamin Constant, Borba, Boca do Acre, Coari, Canutama, Guajará, Eirunepé, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Novo Aripuanã, Tabatinga, Tefé e São Gabriel da Cachoeira.

Esses locais foram selecionados por critérios de carga de doença em áreas urbanas e rurais, com acesso por via terrestre. Outros 186 pulverizados foram entregues na quinta-feira (25/04), durante o VIII Seminário Estadual Alusivo ao Dia de Luta contra a Malária, coordenado pela FVS-RCP.

Ainda na comunicação em saúde, a FVS-RCP divulga semanalmente, às quintas-feiras, o Informe Epidemiológico de Arboviroses no Amazonas, com dados atualizados sobre casos de dengue, confirmados laboratorialmente e clínico-epidemiologicamente.

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