Guerra no Oriente Médio – Israel vive, neste momento, o seu 11 de setembro, segundo especialistas. Entenda!

Israel está em estado de guerra desde sábado (7), quando foi surpreendido por uma ofensiva sem precedentes do grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O ataque envolveu invasões terrestres, lançamentos de foguetes e ataques marítimos contra várias cidades israelenses. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra e ordenou bombardeios contra Gaza. Segundo autoridades, ao menos 40 israelenses e 198 palestinos morreram, e outras centenas de pessoas ficaram feridas até agora.

Quem é o Hamas?
O Hamas é um dos maiores partidos políticos palestinos e conta também com um braço armado, conhecido como Brigadas Qassam. Tem orientação islamita, e sua carta fundadora prega a destruição de Israel e o estabelecimento de um Estado islâmico na Palestina histórica. O grupo é considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. Desde os anos 1990, o Hamas tem promovido dezenas de atentados terroristas em Israel.

Por que o Hamas controla Gaza?
O grupo islâmico venceu as eleições legislativas de 2006 em Gaza e na Cisjordânia, territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967. No entanto, o resultado foi rejeitado por Israel e pelo Fatah, o partido secular palestino que lidera a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a Cisjordânia com autonomia limitada. Em 2007, o Hamas expulsou o Fatah de Gaza após uma guerra civil e assumiu o controle do território. Desde então, Gaza está sob bloqueio econômico e militar de Israel e do Egito.

Qual é a motivação do ataque?
O Hamas afirma que o ataque é uma resposta à ocupação israelense e à opressão dos palestinos. O grupo também diz que quer vingar os mortos na guerra de 2021, quando Israel lançou uma operação militar contra Gaza após uma série de disparos de foguetes pelo Hamas. Na ocasião, mais de 250 palestinos e 13 israelenses morreram.

Além disso, o Hamas aproveitou o feriado judaico de Simchat Torah e o aniversário da Guerra do Yom Kippur, quando Israel foi atacado por países árabes em 1973, para tentar infligir o máximo de dano possível ao inimigo.

Como está a situação atual?
A situação é crítica e incerta. Israel mobilizou milhares de soldados e reservistas para conter as invasões do Hamas e reforçar a defesa aérea. O sistema antimísseis Cúpula de Ferro interceptou cerca de 90% dos foguetes lançados pelo Hamas, mas alguns conseguiram atingir alvos civis e militares em Israel.

O Exército israelense também iniciou uma ofensiva aérea contra Gaza, visando bases do Hamas, túneis subterrâneos e depósitos de armas. Há relatos de intensos combates nas fronteiras entre os dois territórios, com trocas de tiros, explosões e incêndios.

A comunidade internacional pede um cessar-fogo imediato e uma solução pacífica para o conflito. O Brasil, que ocupa um assento temporário no Conselho de Segurança da ONU, enfrenta seu primeiro teste diplomático na mediação da crise.

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