Justiça britânica rejeita projeto de independência da Escócia

A Escócia não pode convocar um novo referendo sobre sua independência do Reino Unido sem o acordo de Londres, decidiu um tribunal britânico nesta quarta-feira (23), complicando os planos da primeira-ministra nacionalista Nicola Sturgeon, que, no entanto, se recusa a desistir. 

A autorização de tal consulta está “reservada” ao Parlamento do Reino Unido e, por isso, “o Parlamento escocês não tem capacidade para legislar” a este respeito, disse o presidente do Supremo Tribunal britânico, Robert Reed, ao ler uma decisão tomada por unanimidade em apenas seis semanas

A primeira-ministra escocesa declarou-se “desiludida” com uma decisão que, na sua opinião, “não faz a lei, apenas a interpreta”. 

É uma sentença “clara e definitiva”, disse o chefe do governo britânico, Rishi Sunak, apelando a ambos os Executivos a “trabalharem juntos” de forma “construtiva, colaborativa, em associação” num contexto de grave crise econômica no Reino Unido. 

Para Sturgeon “negar a um dos sócios” o direito de decidir o seu futuro “é uma pílula difícil de engolir para qualquer defensor da independência e da democracia”, afirmou em coletiva de imprensa em Edimburgo, denunciando “uma situação simplesmente insustentável”. 

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