Polícia investiga cárcere privado e tortura após mãe confessar ter matado filhos de 3 e 10 anos no PR

A Polícia Civil do Paraná investiga se os assassinatos dos dois irmãos encontrados mortos no apartamento da mãe, Eliara Paes Nardis, em Guarapuava, ocorreram no mesmo dia, conforme a versão da mulher, ou em datas diferentes.

Isso porque, segundo Ana Hass, a delegada responsável pelo caso, se os assassinatos tiverem ocorrido em dias diferentes, o crime pode configurar também cárcere privado e tortura. 

A delegada da 14ª Divisão Policial, afirmou que até o momento duas testemunhas foram ouvidas formalmente. Uma delas é a irmã da vítima e a outra é o pai do menino.

“Agora, vamos ouvir o pessoal da escola das crianças e outras testemunhas. Estamos tentando adiantar o máximo possível para o encerramento do inquérito”, diz Hass. A previsão é de que a investigação se encerre até segunda-feira (5). 

Nesse momento, além de ouvir as testemunhas, as equipes fazem diligências, trabalham para obter as imagens do prédio em que a mulher morava e, na sequência, analisar a movimentação das crianças e da mãe. A frequência escolar das crianças e os laudos periciais também serão apurados. 

A mãe das crianças chegou a confessar o crime, segundo a polícia. Porém, no momento do interrogatório, ela se manteve em silêncio. “Existem algumas incoerências em relação a outras provas”, disse a delegada. “Ela chegou a afirma que matou as duas crianças no mesmo dia, mas vamos investigar para saber se as mortes ocorreram em dias diferentes.”

Durante as diligências, a polícia também localizou cartas que teriam sido escritas por ela. “Acreditamos que esses materiais teriam sido feitos para estudar como ela faria as ações e combinar a versão que seria apresentada”, diz Hass. 

“O laudo pericial vai indicar as causas da morte, ela disse que matou o menino com um travesseiro e a menina com um cachecol. Esses meios podem qualificar os homicídios. Vamos verificar as datas em que tudo ocorreu.”

Após confessar matar os filhos e esconder os corpos ao longo de duas semanas, a mulher foi presa em flagrante na tarde de sábado (27).

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